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Monday, May 17, 2010

O Lirismo Poético de Folhetim está de volta...

Folhetim, o jornalzinho informal de bolso que teima em aparecer porque mais desaparecido do que ele, nunca se viu, apresenta mais uma escalafobética e inspiradora

Antagonia Poética
de seus autores preferidos
- na falta de outros voluntários -
***
OSMILDO GORDONHA
(que pediu para não ser identificado)
CLARA TERCETO
(que pediu um café com fritas, e o café ficou salgado)
e
o auspicioso paralelepípedo do romantismo anacrônico
SR. VILFREDO CÁSPIO
(que pediu, pediu, e ninguém entendeu patavinas)
***
Osmildo Gordonha, poeta ensaiísta
Tautologia
-
Se eu digo "sim" é que afirmo
Que lhe disse o oposto do "não".
Se eu nego, então confirmo
Minha confusa afirmação.
Se eu falo o que lhe digo
Tenho dito o referido,
Tenho feito proferido
O raciocínio que eu sigo,
O pensamento da razão
Mencionado em oração,
Declarado em uma menção
De expressa citação.
Se eu uso o termo "se"
Caso acaso, eventual,
É que emprego, qual vê,
A partícula condicional.
Mas se um dia, esquisito,
Eu não lhe disser o que falo
Nem lhe negar o desdito,
Afirmando se me calo,
Por favor, meu caro amigo,
Que seja esse doido varrido
Daqui pra longe transferido
E fique preso em seu abrigo
Poupando-me de encontrá-lo.
-
A Trova Tosca
Rosas são rosa.
Laranjas são laranja.
Violetas são violeta.
É... eu vejo as cores...
E daí???
*
*
*
FELICIDADE
Ser feliz é o segredo
Pra mantê-lo deprimente.
Abandone todo o medo
E infeliz, será contente!
Não requer promessa santa,
Prece, pena ou simpatia.
Sofrimento dos encanta
E emociona todo dia!
Se não fosse dura a vida
Quem seria mais feliz?
A hora seria comprida
E todos terminariam vis.
Mas a vida já é feroz
E o tempo tanto consome
Que devemos gostar de nós
Como de nosso próprio nome.
*
*
*
FAZEMOS SAMBA E HUMOR
-
O Humor deste país
É de tal sorte fecundo
Que não mais nos leva a sério
Qualquer parte do mundo.
Com gente tão criativa
E com tanto bom humor
Produzem até Comédia
O deputado e o senador.
Humorista que se preza
E entrevista essa gente,
Estando desocupado
Nos descreve o presidente!
E quando, enfim, se cansa
Da notícia nacional,
Cria o seu stand-up
Pra ganhar falando mal.
Mas será que o brasileiro
Também pode elogiar
Um país assim cordato,
Tão pacato e singular?
Talvez não tenha o tempo
Esse brasileiro sofrido,
Que trabalha o dia inteiro
Para o seu governo falido.
E, porém, se o brasileiro,
Como mostra a novela,
Pudesse viajar Paris
Pra lá esquecer a favela,
Acredito, com certeza,
Que o feliz afortunado
Viria conhecer o Brasil
E até ficaria animado!
Num país imenso e lindo,
Terra de samba e pandeiro
Que feliz seria o turista
Se ele fosse o brasileiro!
-
CLARA TERCETO
Poetista futurista concretosa de cimentez (hihirssssss)
Meu nome é Clara Terceto
Clara de ovo
Terceto de terça
Ovo de galinha
Terça de feira
Galinha de galinheiro
Feira de rua
Galinheiro de fazenda
Rua de cidade
Fazenda de gado
Cidade de prédios
Gado de leite
Prédios de tijolo
Leite de snatado
Tijolo de barro
Snatado de...
de...
Putz!
O que é snatado???
MINHA TERRA
.
Minha terra tem minhocas
Onde come o Sabiá
As minhocas que são comidas
Nunca vão me incomodá
..
Minha terra tem tico-tico
Pra comer o meu fubá
É que do meu fubá eu não gosto
Eu nem gosto de cozinhá
...
Minha terra tem palmeiras
E tem corínthians, pra chateá
Fica aquela barulheira
Que não posso nem pensá
....
Minha terra fica no chão
Onde eu gosto de pisá
Se tirarem minha terra
O jeito vai ser voá!
.....
FIM
.....
Vilfredo Cáspio
A chama esclarecedora das inspirações litográficas que invade uma janela de esperança no fim da orvalhada aurora literal
-
apresenta
-
"Idiossincrasias de uma idióptica idiopticidez"
ou
"À mula manca manca a perna"
-
Uma produção excepcional de Vilfredo Cáspio, inspirada nele mesmo, muso de si, divo e insightizador nato
-
"Constipação"
Dependo de pena de pêlo
Que peno de pleno topete
Pequeno contempla novelo
A vê-lo em pé se derrete
Peco porque tenho preso
Parte do parco cabelo
Neste terreno indefeso
De lustro liso qual gelo
Se pelado padeço de frio
Em pêlo de pele me abrigo
É pelo temor doentio
Da gripe que é um perigo
Atchim, atchim
Ai, ai, de mim
Suprimo até mesmo o ponto
Que deveria estar cá ao fim
(Poema inspirado e espirrado em minha última expectoração literária)
Ass.: Vilfredo Cáspio, com discrição
Para mais do meu prolífico talento, favor mandar-me solicitação pelo pombo-correio de cor rajada-esverdejante
(ou o que fica de namoricos com a juriti de uma pata só)
.
Mande suas críticas para verusco.baia@coldmail.com, aos cuidados de Verusco Baia.
.
AVISO
O e-mail acima, pertencente a Verusco Baia, na verdade não existe.
Divulgamos um email falso justamente porque nós, da Equipe Poética de Folhetim, não queremos saber de suas críticas, ok?

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