A Equipe de Filosofia de Folhetim,
que após anos de intensa produção teórica, nada fez na prática,
orgulhosamente, relata:
que após anos de intensa produção teórica, nada fez na prática,
orgulhosamente, relata:
O TESTEMUNHO DE SINFRÔNIO
Sinfrônio, que além de um nome feio tinha a vida também não muito formosa, foi quem nos contou essa.
Aliás, mais do que formosa, sua vida era um desastre catastrófico, uma hecatombe e, se fosse um doce, certamente que não seria bolinho!
Sua mulher, que era sua chefe nos dois sentidos, o traiu com sua filha, e seu emprego foi tomado pelo cachorro, que ainda por um testamento ambíguo ficou com toda a herança de seu único tio rico.
Restava a Sinfrônio apenas um único prazer: ver passar por diante de seus olhos sua vida completa, uma grande tragédia se fosse um filme, e foi, deixando os cineastas-revelação, seus pais, milionários!
Decidiu não ver o fim do filme. Isso nunca conheceria, porque Sinfrônio, ao sair do cinema, estava decidido a suicidar-se. Então, ele voltou para a sua casa, o olho da rua, e preparou-se para a viagem sem volta, a partida desta para melhor, a assombrar seus queridos inimigos com visitas-supresa, misteriosas e paranormais.
Conseguiu com um vizinho, na avenida da outra esquina, uma grande quantidade de veneno, que o sujeito usava para afugentar os ratos de suas migalhas. Preparou um chazinho, numa mortífera mistura de 3 partes de veneno para cada parte de água, em temperatura ambiente, açúcar a gosto e uma folhinha de hortelã, e olhou a mistura, espumando pela boca (do copo, ou melhor, da lata):
- Vamos, Sinfrônio! Coragem!!! Beba logo isso!!! Tome enfim uma decisão correta nesta vida! Ter um cachorro? Grande erro! Casar-se? Pior ainda!!! Ter uma filha bonita, esta foi a gota d´água! Sem mencionar os pais. Por que tê-los??? Mas chega de azares! Com uma dose de coragem, você resolve tudo isso!!!
O discursinho, porém, apesar de inspirado e comovido, não colava... Não era uma dose de coragem! Era, isso sim, um monte de veneno num tico de água, açúcar a gosto só pra não sentir o hortelã! Mas Sinfrônio insistiu com seu plano:
- E então, eis que finalmente vou acertar na vida! Afinal de contas, eu sou um homem, ou sou um rato?????
E dito isto, ele tomou coragem, digo, o veneno, e esperou pacientemente a morte chegar. Abriu um jornal, deitou-se comodamente na sarjeta. Depois da leitura, levantou-se, andou um pouco, pitou alguma coisa que encontrou por ali mesmo. Andou mais, mas não encontrou mais nada. Voltou ao jornal... releu-o... Começou a ficar com fome, e nada de a morte chegar!
Foi então que o pobre Sinfrônio, num raro momento de esperteza, se deu conta de mais uma grande mancada de sua vida:
- Putz... Eu tomei veneno para matar rato!!!
E assim, Sinfrônio descobriu que sim, sim, ele era um HOMEM...
Filosófico, não?
E, como é de praxe da Equipe de Filosofia de Folhetim, eis para terminar, algumas
Frases sem Efeito (ou de defeito)
Frases sem Efeito (ou de defeito)
Focinho de porco só é tomada se o porco for um porco elétrico
Mais vale cinco dedos na mão do que dois pássaros voando
Em casa de Ferreiro, tudo é do Ferreiro, inclusive o espeto
Antes tarde, depois noite
Se quem ri por último ri melhor, eu quero ser o último a entender a piada
O cúmulo da incapacidade é não conseguir nem fazer uma coisa ao mesmo tempo
E agora, para terminar: FIM
Mais vale cinco dedos na mão do que dois pássaros voando
Em casa de Ferreiro, tudo é do Ferreiro, inclusive o espeto
Antes tarde, depois noite
Se quem ri por último ri melhor, eu quero ser o último a entender a piada
O cúmulo da incapacidade é não conseguir nem fazer uma coisa ao mesmo tempo
E agora, para terminar: FIM
Folhetim, o jornalzinho de bolso mais informal do que panfleto de eleição, mas ao contrário deste, politicamente correto, é uma publicação eventual de Alexandre Cartianu, por uma incrível coincidência também responsável por este garboso BLOGSPOT, no qual De tudo um pouco não é tanto assim!
1 Comments:
♥³
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